26 de fevereiro de 2010

A Lira

Passa o tempo e vejo como mudei
Não dou importância as coisas infames de antes,
E por fim nem percebo detalhes que outrora analisava cautelosamente
É... A vida passa poetisa, e a lira a cada dia toca uma nota a menos.

Porém a cada ano ela recomeça com uma nova melodia, que a vida, as vezes,
deixa os sons mais graves ,estes cravados de lágrimas, e mais agudos,
febris de tanta satisfação.

Oh lira, porque faz meu tempo voar assim...
Já não faz minhas primaveras tão floridas e
só fazem meus olhos observarem sem reação as badaladas do relógio da vida...
Esvairindo-se sem uso.

Lira, descompasse, deixe a melodia mais suave, mais lenta.
Deixe esta poetisa feliz, proporciona-me abraços amigos,
amores sinceros, beijos sem fim... Oh Lira deixe-me feliz!

Ai! Que confusa esta melodia, cheia de caos, alegrias, sensações sem fim...
Lira não pare de tocar seu compasso... Esta tarefa tão linda que a dezessete anos, deus quis.
Toque devagar, mude seus timbres, mudes suas notas,
faça-me perder os medos, e andar por estradas desenhadas
centímetro a centímetro por suas cordas.

Oh lira nunca pare de tocar. Esta poetisa tola que lhe acusa
das desventuras da vida é a mesma que jamais dançaria...
fora de seu compasso.

Mari Pereira

2 comentários:

  1. A Mari...como sempre...consegue ser sutiu..mas com uma sabedoria maravilhosa....

    Te amo

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  2. E o que dizer?!
    A arte imita a vida ou a vida imita a arte?!
    ;D


    "(...)Porém a cada ano ela recomeça com uma nova melodia, que a vida, as vezes,
    deixa os sons mais graves ,estes cravados de lágrimas, e mais agudos,
    febris de tanta satisfação.

    (...)A vida passa poetisa, e a lira a cada dia toca uma nota a menos."

    Ai eu te pergunto será que toca uma nota a menos ou poderia ser uma NOTA A MAIS?!

    Estou com saudades de você DONA MARI ^o^
    Será que só vamos nos ver em um proximo show?!
    Assim não vale

    Um grande beijo *-*

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